segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Tuitando com Eike Batista sobre portos e logística!!!

Avatar de Eike Batista no Twitter

Tive a satisfação de travar instrutivo diálogo com o megaempreendedor Eike Batista no http://www.twitter.com/ .

Em verde as respostas dele às minhas intervenções, que estão em azul:

@eikebatista, condições q levaram Carl Hoepcke a fundar ENNH no séc XIX repetem-se de outra maneira: enorme demanda pela cabotagem!!!

@eikebatista, empresa q detinha grande parte dos fretes de cabotagem era a ENNH – Empresa Nacional de Navegação Hoepcke, de Florianópolis!!!

@eikebatista, seria só na década de 1950 que as rodovias, INFELIZMENTE, começariam a disputar as cargas antes movimentadas nos portos!!!

@eikebatista, p/ quem ñ sabe: cabotagem é transp marítimo entre 2 portos da costa d um mesmo país ou entre um porto costeiro e um fluvial!!!

@ernesto_floripa. Sua cultura esta nos trincos! Parabens!A Revolucao Logistica do Brasil vai acontecer pelo Mar! Ninguem enxergou isso, hehe

@eikebatista, tb p/ quem ñ sabe: existe ainda o termo “cabotagem internacional”, p/ designar navegação costeira envolvendo 2 ou + países!!!

@ernesto_floripa. O Superporto do Acu e a Mola Mestre! Como um Hub gigante para consolidar e desconsolidar cargas! As vantagens sao

@ernesto_floripa incomensuraveis!

@ernesto_floripa. E incrivel como ninguem ressucitou esse conceito antes!

@eikebatista, a cabotagem no Brasil começou a ser sabotada por Washington Luiz, cujo slogan de campanha era “Governar é construir estradas”!

@eikebatista, dá uma agonia enorme ver tb stas coisas que vc vê e viver numa terra que teve sua história marítima literalmente assoreada!!!

@ernesto_floripa. E os politicos adoram dar uma asfaltada aqui e ali! Nao e?

Já FERROVIAS, HIDROVIAS e PORTOS p/ escoar produção... RT @eikebatista: @ernesto_floripa. politicos adoram uma asfaltada aqui e ali! Nao e?

@EvertonMobile @Ernesto_Floripa. A manutencao e Zero e nao tem Pedagio!!

@LobodoLago @ernesto_floripa. A Mercedes nao trouxe sua linha de carros(outros modelos)porque os altos executivos na Alemanha acham o Brasil

@LobodoLago @ernesto_floripa. O Pais dos caminhoes! Aiaiai

@ernesto_floripa.Poucos sabem o quanto a navegacaode cabotagem ao longo da costa e mais barato e eficienteque os caminhoes e mesmo os trens!

@eikebatista e o q perdemos de grãos c/ os caminhões sacolejando pelas estradas e povo com fome??? 1/3 da produção?!! FERROVIAS+PORTOS JÁ!!!

@eikebatista, frete da cabotagem além d + barato do q rodoviário, é duplamente melhor p/ o meio ambiente: menos estradas e menos poluição!!!

Pensei em vc @eikebatista, qdo li isto hj!!! RT @upiara: "Não há nada mais poderoso do q a força de uma ideia cujo tempo chegou". VItor Hugo

@ernesto_floripa @upiara. Chegou! Chegou! Timing!

Eu sei, pô!!! E acha q este meu inconformismo, esta inquietação, é pq?!! RT @eikebatista: @ernesto_floripa @upiara. Chegou! Chegou! Timing!

@eikebatista, não tenho $$$ para fazer FERROVIAS, HIDROVIAS, PORTOS, mas faço a minha parte formando opinião e no ambiente regulatório!!!

@ernesto_floripa. Prescisamos de cerebros como voce para nao pararmos a nossa marcha em busca da eficiencia maxima! Eliminar o custo Brasil

@eikebatista como fomentadores, engenheiros chefes, diretores, faz + de 120 anos que a minha família está envolvida com PORTOS no Brasil!!!

@eikebatista, muito obrigado pelo estímulo. Tenho uma paixão visceral pelo Brasil, pelo nosso povo maravilhoso. Ele merece o nosso MELHOR!!!

@eikebatista, BOA NOITE Tenho meus 4 DIAMANTES para cuidar tb!!! Desdobrados, nos encontramos mais tarde. Estamos sob a #EGRÉGORA do BEM!!!


@ernesto_floripa. Que bom que nao perdestes a visao e o entusiasmo!

Rom 5:3 “...sabemos que a tribulação produz perseverança”!!! @eikebatista: @ernesto_floripa. Que bom que nao perdestes visao e entusiasmo!

domingo, 8 de agosto de 2010

Que venham os cruzeiros!!!


ABREMAR – A Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos foi fundada em janeiro de 2006 para representar institucionalmente um dos segmentos mais promissores da indústria turística nacional: o turismo marítimo. Seu objetivo é trabalhar com afinco pela regulamentação dos Cruzeiros de cabotagem – entre portos do mesmo país. Defende a modernização da infraestrutura portuária e contribui para a divulgação do Brasil como destino turístico no exterior. Atualmente, tem 19 empresas associadas entre armadoras e operadoras de turismo no Brasil, entre elas Costa Cruzeiros, MSC Cruzeiros, CVC e Royal Caribbean. O site da entidade -
http://www.abremar.com.br/ - é a fonte das informações abaixo, que bem demonstram a especial atenção que a sociedade brasileira deve dar ao segmento.


Vantagens para os destinos


Aumento na economia regional

O movimento de pessoas nos destinos alavanca as economias locais, influi na expansão dos negócios ligados ao turismo e abre oportunidades de emprego e geração de renda, propiciando a melhoria da infraestrutura de serviços.

Excelente divulgação dos lugares

Os Cruzeiros funcionam como suporte promocional dos destinos. E, para transmitirem uma boa imagem, os pontos de destino se esforçam para reforçar seus diferenciais competitivos.

Equilíbrio do fluxo turístico

Os Cruzeiros ajudam a absorver o excesso de turistas por conta da alta temporada, quando os meios de hospedagem estão com capacidade esgotada. Na baixa temporada, potencializam o fluxo turístico e auxiliam a reduzir a sazonalidade dos destinos. O resultado é a expansão dos postos de trabalho.

Preocupação ambiental

Os Cruzeiros permitem visitas a lugares ecologicamente preservados sem a necessidade de aparatos e intervenções que podem prejudicar ecossistemas inteiros, colaborando para a conservação das regiões de acesso restrito.

Expansão do consumo

Turistas e tripulantes são grandes consumidores de produtos e serviços dos locais visitados. Como o período de permanência é curto, eles gastam nesses lugares. Estima-se aumento de vendas de até 40% no comércio local.


Vantagens para as agências

Novos produtos e maiores lucros


Os Cruzeiros Marítimos são responsáveis por novas fontes de receitas. Há aumento na venda de passagens e, em conseqüência, de transporte até o porto, diária em hotéis durante o deslocamento, seguros e pacotes turísticos. Mais do que isso, as empresas marítimas estão entre as que mais bem remuneram as agências de viagens.

Mais demandas por viagens

Os 56% de turistas brasileiros que costumam viajar com freqüência para o exterior são potenciais consumidores do mercado de Cruzeiros. Outro dado importante: 73% dos turistas não trocariam um Cruzeiro por uma viagem ao exterior, a não ser para fazer um cruzeiro internacional. Sendo assim, os 94% que costumam viajar frequentemente pelo Brasil são potenciais consumidores dos Cruzeiros.

Pacotes integrados e produtos turísticos de maior qualidade

Turistas que moram afastados dos portos de embarque costumam comprar pacotes integrados, abrangendo todos os serviços necessários para chegar ao destino com total conforto: transporte aéreo e terrestre, pernoites em hotel, seguros etc. Além disso, em uma próxima temporada, o turista poderá retornar por outro meio de transporte.

Cultura do retorno

Quem conhece um lugar mágico volta para casa com aquele gostinho de "quero mais". A visita rápida aos destinos funciona como forte apelo para que o turista volte, mas desta vez com mais tempo. Ou seja, a agência de viagens será, mais uma vez, acionada.


Vantagens para a economia brasileira


A temporada de Cruzeiros Marítimos 2009/20010 teve 18 transatlânticos que percorreram a costa brasileira e fizeram 407 atracações em 21 portos nacionais. Transportaram o volume recorde de 720,621 turistas, o que representa crescimento da ordem de 38% sobre o total da temporada anterior, que registrou 521,983 cruzeiristas. O aumento número de turistas teve reflexos também na lucratividade dos agentes que viagens, que receberam um total de US$ 57 milhões em comissões, aumento de 54% sobre a temporada anterior.

O Brasil usa apenas 2% de sua força de trabalho na atividade turística, enquanto a França, por exemplo, emprega 25%. Em outras palavras, quando chegarmos próximos a essa meta, o setor será o maior empregador nacional.

Os Cruzeiros Marítimos trazem inúmeros benefícios econômicos para as regiões. Além dos gastos de turistas e tripulantes, muitos dos insumos adquiridos para a operação do navio são nacionais, como combustíveis, materiais de limpeza, bebidas, frutas, alimentos básicos, entre outros.

A estimativa é que para cada US$ 7 mil deixados no país, abre-se um novo posto de trabalho. As companhias marítimas pagam altas taxas para utilização da infraestrutura portuária e local. E, ao longo da cadeia de funcionamento da atividade, pagam todos os impostos aos quais ela está sujeita.

Os benefícios dos Cruzeiros se fazem sentir também de forma indireta. Ao construir uma imagem positiva dos destinos, despertam o interesse e a atenção de investidores que passam a enxergar, nas regiões, ótimas oportunidades de investimento. A rede hoteleira é beneficiada, pois os rápidos roteiros oferecidos pelos Cruzeiros funcionam como "amostra" dos locais, motivando os turistas a um eventual retorno mais planejado e demorado. Em muitos destinos, os Cruzeiros utilizam as estruturas dos hoteis para os cruzeiristas em terra.

Um dos setores mais beneficiados pela atividade de Cruzeiros Marítimos no Brasil é o do emprego. Na temporada de 2009/2010, foram gerados cerca de 40 mil empregos, entre diretos e indiretos. Os pontos expostos demonstram a importância dos Cruzeiros Marítimos não só em termos de lazer como na contribuição para a economia e a geração de empregos.


Temporada 2010/2011


A tendência de expansão do setor deve se consolidar na temporada 2010/2011, que terá início no dia 3 de outubro. Novos destinos para atracações deverão ser confirmados, além de cinco navios de bandeira internacional que virão pela primeira vez ao país. De acordo com a Cruise Lines International Association (ICLIA), o Brasil está quase encostando na Espanha e assumindo a quinta posição no ranking mundial dos mercados de Cruzeiros Marítimos.

No período 2010/2011 serão 20 navios na costa do país, dois a mais do que na temporada anterior.

A expectativa é a de que 884 mil cruzeiristas aproveitem os mais de 400 roteiros que irão percorrer 21 cidades do litoral brasileiro até maio do ano que vem. Alguns Cruzeiros chegarão até o Uruguai e a Argentina.

Obs: confira as escalas de cabotagem e de longo curso (internacionais) previstas para 2010/2011 no Brasil no site da www.brasilcruise.com.br!!! São Francisco do Sul (SC) é uma das novidades, inclusive com 9 datas de embarque para o Prata pela MSC, dispensando gaúchos, catarinenses e paranaenses, que podem embarcar desde a temporada passada também em Itajaí (SC) pela Ibero e pela CVC, de deslocarem-se até Santos (SP) ou ao Rio de Janeiro (RJ) para iniciarem seus tão sonhados cruzeiros marítimos!!!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Carta Aberta ao PT de Florianópolis

Segundo o historiador Evaldo Pauli em sua gigantesca Enciclopedia Simpozio, no passado da Grande Florianópolis foram notáveis os estaleiros Arataca, sob a cabeceira insular da ponte Hercílio Luz. Cita notícia de 1970: "Os estaleiros Arataca S.A. tiveram sua origem na firma Carlos Hoepcke S.A., esta fundada em 15-05-1857. Em 1895, foi adquirido o terreno, em local então denominado Arataca – onde hoje se localiza a empresa. As primeiras obras consistiram em uma carreira de madeira, para barcos de 460 toneladas, sobre as quais eram levados a uma oficina de reparos. Em decorrência dos navios “Meta” e “Ana”, adquiridos em 1896, o último de 160 toneladas, foram ampliadas as obras dos estaleiros. Entre Santos e Montevidéu era o único que reparava navios. Em 1925 instalou-se nova carreira (a atual) de concreto armado, cremalheira central e trilhos de apoio, de 150 ms., para barcos de 500 toneladas. Recebeu certa vez um navio argentino de 1800 toneladas, para atendimento de emergência. Em 1969 entrou o estaleiro para reforma, depois para uma paralisação temporária. Passou a reparar barcos, ao mesmo tempo que a construir barcos de pesca" (O Estado, 21-1-1970). Na foto, navio que foi cortado ao meio e ampliado nos estaleiros Arataca, que no início do século XX era um dos principais empreendimentos da região, gerando uma infinidade de empregos.

Espero que o amigo Nildão não tenha participado da redação ou da revisão desta “nota” aqui: http://bit.ly/9GppML - contra o estaleiro OSX em Biguaçu, embuchada com sérios problemas de falta de silogismo, valendo tanto quanto uma de 3 reais…

Ao mesmo tempo em que afirma ser o empreendimento desejável em outra região de nosso litoral, a qual “padece com maiores índices de desemprego”, em outro ponto acusa que a “criação de centenas de empregos” pelo estaleiro seria mero “fetiche” (do latim: facticius “artificial, fictício”).

Para registro, o estaleiro OSX criará MILHARES de empregos, e não centenas: 3 mil diretos durante as obras, 4 mil diretos durante a operação total e 12 mil indiretos.

A nota falseia a verdade quando diz que outras alternativas locacionais não foram levadas a sério. Estive com o diretor jurídico do Grupo EBX no Rio ainda semana passada e ele foi enfático ao dizer que Tijuquinhas, em Biguaçu, é sítio único para o empreendimento no Brasil, o melhor disponível por uma dezena de razões que elencou, sendo inviável em qualquer outro ponto do litoral catarinense, verdade que foi exaustivamente exposta durante as audiências públicas e nas mais mais de 50 reuniões realizadas com a comunidade da Grande Florianópolis. Além de Biguaçu, só mesmo o Porto do Açu, no litoral do Rio de Janeiro. Aquele alto quadro da EBX também foi de hialina clareza: não existe a possibilidade de 2 estaleiros OSX, ou é em Biguaçu ou no Porto do Açu.

Também não é verdade que o empreendimento eliminará “milhares” de empregos na maricultura, na pesca artesanal e no turismo. Não há nenhum estudo precisando tal afirmação. O que talvez aconteça é que pescadores artesanais ou empregados na pesca industrial ou na maricultura, ou quem vive do turismo de maneira eventual, como ambulantes, simplesmente empreguem-se no estaleiro se já qualificados, ou após formação e qualificação proporcionada pela própria OSX, fugindo assim da instabilidade e da sazonalidade que aquelas outras atividades representam. Recente estudo da UFSC com pescadores artesanais da Baía Norte revelou que não desejam para os filhos a vida que levam, preferindo que estudem e alcancem um emprego que lhes proporcione estabilidade econômica. É lamentável que os autores da nota sequer se tenham dado ao trabalho de ver quanto ganha um assalariado da maricutura, ou da pesca, ou do turismo de temporada, por exemplo, de ordinário empregado informal, e quanto ganhará o mais humilde trabalhador do estaleiro OSX, com carteira assinada e diversos benefícios sociais.

Os alegados impactos ambientais do empreendimento são de ordem muito inferior ao apontado pelo “achismo” de plantão e de modo algum são aqueles apontados pelo infeliz parecer do ICMBio/SC, largo em ideologismo ambiental e raso em qualidade técnica, a ponto de dizer que a carta náutica do Canal Norte da Ilha de Santa Catarina apresentada pela OSX “é de 1902″, quando este é apenas seu número de identificação aos navegantes, tendo sido atualizada recentemente.

De outro lado, a nota ir contra o desassoreamento do Canal Norte, demanda centenária da nossa região, pela qual deu a vida o jornalista Crispim Mira, revela total ausência de mentalidade marítima e enorme desprezo pela segurança da navegação e pela salvaguarda da vida humana no mar, além de posicionar quem a assina de costas para nossa vocação maior: a navegação, através da qual nossas terras foram descobertas, ocupadas, desenvolvidas e enriquecidas, através da qual somos o que somos enquanto identidade coletiva. Já teriam ouvido falar da “Empreza Nacional de Navegação Hoepcke”? Do estaleiro “Arataca”? Do “bon port” que sempre fomos? Do apelido de “baía das mil naves” que temos?

A impressão que se tem é que quem obrou tal nota caiu aqui de pára-quedas na data em que a cometeu, nada sabendo sobre nós, sobre nossa gente e nossa fome de voltar a estar em contato com os diversos povos do mundo através do mar, seja através dos navios de cruzeiro, seja através dos grandes veleiros e superiates.

Para tanto, o Canal Norte precisa ser desassoreado, revitalizado para o tráfego marítimo, e somente a OSX se propôs seriamente a fazê-lo, para desespêro daqueles que nada fazem e não deixam fazer.

Que aqueles do PT local, sem mandato e sem voto mas contra o estaleiro OSX, não queiram ser mais realistas do que seus companheiros de partido com mandato e à frente de milhares de votos, os quais apoiam o empreendimento uma vez mitigando o que tem que ser mitigado e compensando o que tem que ser compensado, para o bem de todos nós, golfinhos ou não.

Atenciosamente,

Ernesto São Thiago