segunda-feira, 22 de junho de 2015

Batimetria é prometida desde 2012


Quando de sua curta passagem pela Setur de Florianópolis, em 2012, Vinícius Lummertz, já estava sensibilizado quanto à batimetria como condicionante para Florianópolis voltar a receber cruzeiros. 

Como diretor de turismo da Acif, levantei esta bandeira. 

Infelizmente, a atual gestão municipal jamais deu qualquer passo neste sentido, fazendo-o somente agora, não sem muita insistência da Acatmar, que retomou o assunto e ampliou-lhe o escopo, com batimetria em ambas as baías da Ilha de Santa Catarina a fim de atualizar a carta náutica da região e favorecer, também, a navegação de embarcações menores, uma demanda da Capitania dos Portos de SC que igualmente é pauta ao menos desde 2012:


De todo modo, não há notícia de que a prefeitura irá custear os estudos ou assumir a dianteira de qualquer ação, apenas "cobrar o Governo Federal".

Na elevada posição de presidente da Embratur, Lummertz terá melhores condições de levar adiante nosso antigo intento, sempre em linha com a Clia Brasil, entidade que congrega a indústria de cruzeiros no país, e com a nova aliada, a Acatmar.

Vale conferir matéria de André Lückman no Diário Catarinense em 2012:


A possibilidade de que Canasvieiras volte a receber grandes navios de turistas durante a temporada está pendente por um investimento orçado entre R$ 80 mil e R$ 130 mil, dinheiro que pode ser arrecadado em apenas um dia de transatlântico atracado.

Este é o preço de mercado de um estudo chamado batimetria, capaz de mapear aspectos como a profundidade da areia para que os navios façam o fundeamento. É a partir deste mapeamento que a MSC Cruzeiros, uma das grandes armadoras que trabalham na costa brasileira, pode bater o martelo sobre a inclusão do novo ponto de destino turístico em suas rotas.

A diretora operacional da MSC, Márcia Leite, veio a SC para avaliar a infraestrutura dos pontos de desembarque disponíveis e demonstrou interesse direto em Canasvieiras, que está fora da rota dos transatlânticos desde 2009.

— Florianópolis é um destino com apelo turístico. No entanto, a praia ainda apresenta impedimentos técnicos e de infraestrutura — disse.

A diretora ressaltou que o estudo que comprova as condições de atracação é de responsabilidade do município. O levantamento custa entre R$ 80 mil e R$ 130 mil, segundo orçamento feito pelo diretor de turismo da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (Acif), Ernesto São Thiago.

— A batimetria representa apenas um primeiro passo. E é por meio dela que as primeiras escalas de teste podem ser feitas — disse.

O secretário de Turismo da Capital, Vinicius Lummertz, afirmou que está articulando alternativas "criativas" a fim de viabilizar o estudo em Canasvieiras. Uma das suas apostas é vincular sua viabilidade à concessão dos equipamentos que a prefeitura já dispõe no local, como o antigo trapiche e a poita, fundeada na baía em 2007.

— O que temos de concreto, por enquanto, é que estamos perdendo dinheiro. Nosso objetivo é fazer com que os navios voltem o mais rápido possível — destacou.

Lummertz disse que recursos do Ministério do Turismo da ordem de R$ 9 milhões, que já estariam aprovados e assegurados para Florianópolis, não estão mais disponíveis.
Do pacote de R$ 9 milhões, R$ 1,5 milhão seriam direcionados para um estudo para a instalação de um porto turístico na Capital. Esta verba está sendo esperada desde o verão do ano passado.

Duas novas operadoras já sondam a Capital

O diretor da Acif Ernesto São Thiago confirmou, nesta quarta-feira, que mais duas operadoras independentes manifestaram interesse em desembarcar passageiros em Florianópolis, além da própria MSC. De acordo com ele, a prefeitura deve ser contatada pelas duas empresas nos próximos dias.

— É provável que este contato seja feito por meio de manifestação de interesses: as operadoras formalizam a intenção em desembarcar em Florianópolis, e o município responde, também de maneira formal, delimitando as partes de responsabilidade da prefeitura e das próprias operadoras. Uma eventual negociação faz parte desse processo — explicou.

Uma das preocupações das empresas diz respeito ao contrato de concessão do trapiche de Canasvieiras, que hoje está assinado com a associação das escunas que operam na praia. A concessão vence em setembro próximo, e um novo contrato deve ser feito. Conforme São Thiago, as operadoras já sinalizaram positivamente com a operação em conjunto com as escunas.

— Eles entendem que a operação conjunta é benéfica, afinal um bom destino turístico também se mede pela diversificação de opções de passeio. As escunas se complementam aos navios em um ciclo virtuoso, porque são uma opção natural para os passageiros que descerem do navio para conhecer as praias de Florianópolis — destacou.

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