quarta-feira, 24 de junho de 2015

Brasil não sabe se vender como destino turístico, diz presidente da Accor


A espetacular vista panorâmica da piscina na cobertura do Sofitel em Florianópolis, voltada para a Baía Norte da Ilha de Santa Catarina, um dos raros destinos brasileiros a merecer a bandeira de luxo da rede francesa de hotéis Accor.

Em entrevista à Exame, o presidente da Accor, Roland de Bonadona, a certa altura faz precioso alerta:

"O turismo é um grande eixo de desenvolvimento econômico e social e o Brasil tem recursos naturais e culturais que estão entre os maiores do mundo. Um estudo feito todos os anos pela Organização Mundial do Turismo (OMT) sobre a competitividade do setor hoteleiro mostra que o Brasil está na 12ª posição no quesito cultura e recursos naturais, mas cai para a 76ª quando o assunto é ambiente de negócios e infraestrutura e para a 82ª quando se trata de políticas de regulamentação. O país tem o mais difícil, mas não sabe explorar.

"Trazer a Copa e as Olimpíadas foi um bom trabalho do (ex-presidente) Lula e do (ex-prefeito do Rio) Eduardo Paes. Era uma chance enorme, esses eventos abrem uma janela mundial sobre o país, o mundo inteiro olhou para o Brasil na Copa e vai acontecer a mesma coisa ano que vem.

"O país fez investimentos em estádios, infraestrutura e telecomunicação, que eram importantes, mas nenhum em promoção do turismo. Foi uma perda de oportunidade e está acontecendo algo parecido agora.

"Deveríamos nesse momento promover e valorizar os destinos que os cerca de 1 bilhão de turistas mundiais ainda não conhecem aqui. Há muitos esforços para modernizar o Rio, construir hotéis, mas não se vê nada para incentivar as pessoas a conhecer outros lugares, cidades ao redor que possam ser visitadas depois dos jogos.

"O desafio é como fazer isso. É preciso que uma uma autoridade do governo queira, como ocorreu na Alemanha e Reino Unido."

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