domingo, 14 de junho de 2015

SPU e Floram insensíveis aos pescadores artesanais


Não fossem "apenas" a miríade de problemas enfrentados pelos pescadores artesanais nos dias de hoje para desempenho de sua atividade, em razão da indevida interferência governamental (impede ranchos na orla, reforma de trapiches, trata como "terrenos de marinha" a propriedade privada, impede uso de embarcações adequadas e métodos criativos de pesca, etc.), há demandas estruturais também ignoradas.

Trecho da excelente matéria do repórter Edson Rosa para o Notícias do Dia: 

Na Cachoeira do Bom Jesus, onde hotéis, condomínios e casas de veraneio formam paredão na orla, são seis pequenas parelhas espalhadas em pouco mais de dois quilômetros de praia - da foz do rio do Braz, à lagoa das Gaivotas, degradada depois da dragagem realizada pelo Governo do Estado na década de 1980. Com a intervenção mecânica, o vaivém das marés e as correntes do Arvoredo alteraram lentamente geografia e biodiversidade do estuário, reduziram a faixa de areia e, em alguns trechos, apressaram o desaparecimento dos últimos ranchos de pesca no que restou do Pontal das Docas.

A redragagem para reabertura do canal até o mar é a salvação deste canto de praia. Mas Floram [Fundação Municipal do Meio Ambiente], Ministério Público Federal e SPU [Superintendência do Patrimônio da União] ignoram os pescadores”, diz Joel Brito, 60, um dos sócios da canoa Joia Rara, de um pau só, adequada para cercos na enseada de transição entre o mar aberto, a sudeste, e o canal da baía norte de Florianópolis.

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